quarta-feira, 10 de setembro de 2014

ROTULAGEM - DEFENDEMOS 10 PPM PARA PRODUTOS SEM GLÚTEN.


Data: 08/09/2014
Assunto: ROTULAGEM - DEFENDEMOS 10 PPM PARA PRODUTOS SEM GLÚTEN.
Rotulagem para produtos sem glúten,
A Fenacelbra defende a diminuição da quantificação de glúten, nos produtos aptos
para celíacos, de 20 ppm para 10 ppm.
O Codex Alimentarius Europeu , do qual o Brasil é signatário, estipulou em 2008 que
um quilo de alimento deve ter até 20 partes por milhão de glúten ( 20 miligramas) para ser
rotulado "Gluten Free".
Alguns países consideram que esta quantidade não é segura para uma parte da
comunidade celíaca e defendem que a quantificação fique indetectável como Chile , Austrália
e Nova Zelândia.
Outros aceitam que seja de até 10 ppm ( 10 miligramas por quilo de alimento ) como
determina a Lei Celíaca na Argentina.
Certificadoras de alimentos sem glúten também trabalham com este limite de 10 ppm
como é o caso da FACE na Espanha , do GFCO e QAI, nos EUA, do GFCP no Canadá.
Nos EUA tem a CSA, que trabalha com até 5 ppm.
Por que a Federação quer diminuir este percentual no Brasil?
Objetivo:
Defender o direito a saúde, a alimentação adequada e interesses das pessoas com
doença celíaca no amparo da Constituição Federal (Art. 6¨º) e do reconhecimento no âmbito
da segurança alimentar e nutricional (Lei Federal nº 11.346 de 15/09/2006).
Estabelecer e fixar a definição do limiar seguro de traços de glúten em alimentos aptos
para celíacos <10 ppm (mg/kg) de glúten.
Utilizamse
as seguintes bases:
Motivação:
o Nossos celíacos estão relatando reação a alimentos comprovadamente testados mas
que a quantidade em ppm é próxima ou igual a 20 ppm. Principalmente produtos de
industrias com compartilhamento de maquinários ou plantas de fabrica.
o A recomendação do Dr Fasano é que sejam 500 gramas de produtos com até 20
ppm por dia. Facilmente se pode ultrapassar este limites com bolos, pães, biscoitos,
massas, barrinhas de cereais,tapiocas, etc e não atende a TODOS.
o Precisamos oferecer segurança para todos e não só para " a grande maioria ". Quem
teve diagnóstico tardio tem demorado muito mais para se reestabelecer pois a oferta
de produtos cresce cada vez mais sem que isso traga de volta a saúde.
o Temos celíacos consumindo cada vez mais produtos industrializados e a quantidade
dárias de ppm estão muito próximas do limite de segurança.
o A quantidade e o grau de tolerância de consumo de glúten varia entre as pessoas e
até o momento não ha definição na literatura cientifica de um único limiar para toda
população celíaca, que determine a quantidade diária de glúten que o celíaco pode
tolerar/comer sem causar danos à sua saúde.
o Estudos apontam que uma ingestão diária de glúten de <10 mg não deve causar
alterações histológicas significativas.
o Hoje há metodologia analítica disponível detectável a partir de 1ppm e disponibidade
acessível de testes de detecção que podem quantificar a existência de glúten a partir
de 3 ppm de glúten.
o Já sabemos que a indústria européia é capaz de produzir alimentos abaixo de 5 ppm
e a tendência no Brasil também é conseguir esta quantificação minima. Os testes
feitos com os alimentos da Abrasemg mostram que esta realidade tambem já é nossa.
o É fundamental para a comunidade celíaca acreditar na rotulagem dos produtos no
país.
o Argumentase
que a diminuição para 10 ppm acarretará em menos oferta de produtos.
Mas para o celíaco não é uma situação de ter menos comida na mesa. Precismos
comer com segurança, sem adoecimento. É ter mais saúde no prato.
Antecedentes:
Os estudo foram evoluindo pelos anos, à medida que os testes de alimentos e exames para
acompanhamento da DC foram também ficando mais precisos.
2003 http://
www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23193005 (observem com atenção os resultados
desse artigo)
2004 http://
www.pubfacts.com/detail/15191509/Thesafethresholdforglutencontaminationinglutenfree
products.
Cantraceamountsbeacceptedi
2006http://
www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17033440
2007 - http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18315587
Um abraço fraterno,
Lucélia Costa
Presidente FENACELBRA

Nenhum comentário:

Postar um comentário