domingo, 12 de fevereiro de 2012

Terapia nutricional na doença celíaca .

Terapia nutricional na doença celíaca .

O tratamento dietético da Doença Celíaca consiste na exclusão permanente na dieta dos alimentos que contêm glúten na sua composição: aveia, centeio, trigo, cevada e malte. Alguns pacientes podem desenvolver a intolerância a lactose o que torna necessária a exclusão de fontes alimentares desse carboidrato na dieta. A resposta clínica do paciente, após a retirada do glúten da dieta é evidenciada através do desaparecimento dos sintomas. A recuperação nutricional é perceptível, podendo ser observado o ganho ponderal, retorno da velocidade de crescimento em crianças e melhora do apetite.
Na vigência da presença de baixo peso em pacientes celíacos torna-se necessário o uso de dietas hipercalóricas individualizadas, de acordo com as necessidades do paciente, com objetivo de alcançar ou recuperar o peso adequado, evitando as deficiências nutricionais e perda de massa muscular. Na elaboração do plano alimentar, pode-se ter associação de suplementação de produtos hipercalóricos que são ricos em micronutrientes necessários a diversas reações do organismo. A diarréia pode ser tratada também com o uso de probióticos, no intuito de estar modulando as células intestinais, estimulando o sistema imune e melhorando a sintomatologia apresentada pelo paciente.
A adesão do celíaco a um tratamento adequado ocasiona uma resposta clínica e nutricional rápida, o que contribui na melhora do quadro clínico e consequentemente na qualidade de vida do paciente.
A restrição de glúten na dieta induz a monotonia alimentar. Portanto a resistência ao tratamento pode ser justificada pelo fato de que essa proteína é um dos constituintes da base da alimentação. Devido as exigências dos consumidores celíacos e o aparecimento de novos casos da doença, o mercado brasileiro tem oferecido alimentos alternativos com a finalidade de substituir as fontes do glúten nas preparações como: amaranto, quinoa, psyllium, farinha de sorgo, trigo sarraceno. Outra opção é a utilização de cereais, tubérculos e raízes. 
Autoria: Luciana Brito- Nutricionista Pós-Graduanda em Nutrição Clínica- Universidade Gama Filho. Nutricionista orientadora de estágio em nutrição clínica do Centro de Estudos e Atendimento Dietoterápico- CEAD da Universidade Estadual da Bahia (UNEB). 

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